Sentavas-te na beira do lago,
pés desertores nos juncos
enquanto as pedras formavam caminhos.
Não tinhas pressa,
ainda não a tinhas inventado,
antes escorrias areia dominando as leis
feitas pelos Homens adultos.
As mãos aveludadas pela inexistência
do tempo que não te era pedido,
grotesco desenho de uma realidade
imaginária qualquer.
Mais tarde alongarás os dedos,
pedirás estes e outros segredos,
resgatarás volúpias e enredos,
perderás o tempo do tempo.
mas as árvores continuarão no seu enlevo.
Desenhas, no teu poema, uma "realidade imaginária" e mágica que dá todo o sentido às palavras.
ResponderEliminarUm beijo, Teresa.
um doce sabor de infância...tão belo, tão belo.
ResponderEliminarpés desertores nos juncos....gostei tanto desta estrofe.
parabéns Teresa!
um bom fim de semana.
beijos
:)
No Outono quase tudo cai
ResponderEliminarfolhas máscaras e até felizmente o desgoverno
Sempre um prazer visitar o teu espaço
Crescer.
ResponderEliminarMas as árvores sempre mágicas.
adorei o poema.
ResponderEliminarbeijo