quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Contam-me histórias antigas
como se o ribeiro recuasse
à fonte do conhecimento primordial.
Não há tempo, não há advento,
requer-se o curso normal
esquecido em contratempos.
Passam nuvens baixas,
ergue-se o vento,
estão esquecidas as rosas
na jarra de cerâmica.
Quem não as alimentou?
Ergue-se o protesto,
perdeste o caminho reto
nas malhas da conquista.
Falas em solidão,
não antevejo uma solução,
sopra o vento Norte,
cai neve na serra erguida
paro em consternação.


sábado, 2 de janeiro de 2016

Erguem-se bolhas de água transbordando o tanque
forrado de musgo viscoso molhando as folhas caídas
em terreno seco.
As vozes foram proferidas em dia invernoso
desvendando saberes tão antigos
quanto a natureza encerra.
Descansa o guerreiro num tronco de árvore
que tem mais de mil histórias para contar.