quarta-feira, 31 de julho de 2019



[Paul Brent]


Tocaram violoncelo, as cordas vibraram, tocaram em imagens esquecidas, escondidas dos dias. Quis acompanhá-las, viver intensamente, retomar caminhos tão desejados, tão doridos. Mas acordei e receei de novo, desapareceu o bosque por onde corria, as escarpas íngremes, o topo da montanha onde em tempos contigo estive. Arrumei-te a um canto com medo de te amar, eu que não te esqueço. Tantas vezes te estendo a mão só para tocar nos teus dedos e recordar a tua presença. Diz-me, em que esquina te espero, estarei lá para ti, diz-me onde erro.

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