sábado, 20 de julho de 2019




[Dali]

Olho em redor, queria não ver a loucura humana, vejo-a em todo lado, grito, quero salvar os meus filhos, grito, deixem-me em paz. Mas paz não tenho, ponho música nos ouvidos, talvez consiga voar para longe, ser livre, alcançar o sossego dos mundos por desbravar. Digo e repito, porque não me deixam em paz, desliguem a televisão, desliguem o mundo, desliguem a imbecilidade que me rodeia, não, não sou especial, sofro com isto e não quero, quero heróis e heróis não existem, quero luta e luta não existe, quero ser e ser não posso.

Digo, deixem-me, deixem os meus filhos, deixem-nos viver, o que se passa convosco que se entregaram à loucura e não reconhecem o nascer do sol? Perderam a noção neste vaivém de desinformação, neste consumismo que consome a vida.

Digo, porquê? Digo, porque não param para pensar? E sim, digo, engolem a existência, a coerência e sim digo, digo cem mil vezes, levarão a minha vida sem importância, mas tragarão os meus e essas não perdoarei.




2 comentários:

  1. Isso, não perdoaremos o que fizerem aos nossos! Parece que a loucura estimula outras loucuras e 80% (eu sou dada às percentagens que me vão na cabeça) do mundo está louco.
    Abç

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  2. Perderam-se os limites e franteuras, tanto assim, nem sequer existe Utopia.
    O dia feito dia e noite, nem é dia nem noite, é uma mentira pegada.

    Beijo.

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