[Anta de Adrenunes, Sintra]
Tentei tudo, o grito, a marcha, o poema. Tentei e fui
vencida. Quantas palavras engolirei para ver que as uvas maduras pertencem a
setembro e não agora? Quantas escadas
subirei para ver o extremo do mundo, erguer a minha bandeira e esperar o
milagre que não virá? Descerei ao inferno, dez círculos infernais sem saber se
existirão as dez esferas celestiais. Percorrerei as treze pedras da Regaleira e
esperarei no Adrenunes que os Deuses regressem. Ninguém virá, eu sei, os Deuses
abandonaram-nos cansados da nossa existência. E eu com eles.
Continuamos sempre, mesmo sabendo que não vencemos. Uma espécie de Sísifo nos habita…
ResponderEliminarGostei muito do texto, minha Amiga Teresa.
Uma boa semana.
Um beijo.
Pelo sonho é que vamos
ResponderEliminarÉ um belo texto, Teresa, mas é necessário ter esperança de que os deuses um dia acordem e se lembrem de nós…
ResponderEliminarAbraço
A luta inglória de Sísifo agora já nem é tanto carregar até ao topo. Muitos são os que elevam as muralhas que já não protegem, antes aprisionam. A subida não passa duma ilusão de movimento.
ResponderEliminarBeijo.