sexta-feira, 19 de junho de 2020



Mandei para um concurso um conto sobre pandemia, a minha. A minha não existiu, a dos meus filhos, sim, e forte, jovens adultos que querem viver e mudar o mundo. A minha foi ervas para arrancar, compreender o campo e seguir como se tudo estivesse bem. Agora saio para os mesmos sítios, mas está muito mais gente. Gente despreocupada, gente que não pensa, gente que convive porque precisa. Eu fico pelo telemóvel, mas imagino a ânsia dos jovens, os primeiros que pensarão de uma forma diferente sobre a vida. Não nós, os cinquentões, mais e menos, nós conformamo-nos dentro do possível.
E o vento voltou, a juventude voltou e namorou, testemunhou um caminho que já não se percorria há meses e voltou a beijar.

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