Todos os dias olho o céu, por vezes encoberto, por vezes
aberto. Procuro um sinal de uma ave que me diga em que direção seguir e espero,
espero, espero que seja para breve o próximo caminho a trilhar. Tanto tempo
entre paredes de betão, eu que quero voar também sem restrições. Digam-me,
porque me amarram as mãos? Porque me prendem na insanidade do quotidiano quando
nada disto me diz respeito? E corro, corro como louca à procura da razão sem a
ver, procuro debaixo das pedras, nos caminhos invisíveis e vejo apenas pedras
da calçada cem mil vezes calcorreadas. Ponho música onde a ouço como uma louca
de tão grande o desespero, na arte encontro-me, nos poetas, nos escritores, nos
pintores, não nesta insanidade que me rodeia e tento respirar não conseguido.
Há 2 dias
contra todos os destinos
ResponderEliminarBj