Saí para a rua sufocada, na estrada buzinavam automóveis, em
todo o lado betão. Corri, corri, corri e apanhei o comboio para Sintra. Nada
era o que era, mas trepei aos caminhos escondidos até chegar às minhas pedras,
ao meu refúgio. Queria tanto dizer que tudo permanecia como sempre, que as
motos não devastavam o lugar, que os automóveis não devastavam o lugar, mas
seria mentia e mentiras não conto.
Embrenhei-me por caminhos antigos, por aqueles que os
turistas não conhecem e não levam a nenhum lugar especial, simplesmente a natureza
livre dos outros onde poderia reencontrar os meus Deuses, esses que ninguém acredita,
mas para mim não é importante.
Só queria o caminho das ervas, o caminho da paz, o caminho
longe de motores e gente que não preserva, não o respeita e nem compreende. Não
consegui nada disso, são demasiados, aniquilam sem saberem o que fazem e chamam
de desporto.
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