Ontem era ontem e decidi que não seria mais hoje. Peguei na
enxada, esperei que as minhas costas aguentassem, eu tão citadina, abri um
buraco para plantar um castanheiro. Não sei se o irei ver crescer na minha
vida, será o meu testemunho para as restantes árvores, será a minha homenagem
aos Deuses que me acompanham. Morrem os bosques aos poucos, morre a minha
existência com eles, os Dii fogem para longe, longe e não regressarão. Os
Deuses retornarão às suas moradas e não poderei senti-los entre os ramos, entre
as ervas. Sento-me no chão, queria tudo como dantes, no tempo em que passeava
na quinta dos meus avós e o mais aterrador era uma tempestade. Mas o ontem
não se repete e eu planto um castanheiro na esperança de tudo se remediar.
Há 1 dia
As árvores são reconhecidas: irás vê-la com flores e frutos. Tudo se vai remediando, até a saudade das memórias.
ResponderEliminaro tempo, ele.
Bastaria o sinal para que a reconciliação se fizesse. Total. Mas, o ladrão do tempo subjugou-nos à vertígem da pressa. Ainda assim, o "castanheiro" estará disponível para lhe confessar as frustrações e alegrias de todos os dias. Com lágrimas e emoções vê-lo-mos medrar no seu manto protector.
ResponderEliminarBj.