Onde esconderam as estrelas?
Não as vejo,
perderam-se no negro do céu,
abismo da noite.
Não as vejo,
perderam-se no negro do céu,
abismo da noite.
Disseste-me que não seria assim,
acreditei mas não as vejo.
acreditei mas não as vejo.
Sento-me debaixo de uma árvore
ouvindo o breve
murmurar das folhas
negras contra o negro.
ouvindo o breve
murmurar das folhas
negras contra o negro.
Onde colocaste as minhas estrelas
que não as vejo?
que não as vejo?
Outrora iluminavam caminhos,
mostravam regatos noturnos,
olhos de aves
que observavam o meu olhar.
mostravam regatos noturnos,
olhos de aves
que observavam o meu olhar.
Outrora vigiavam-me,
vigias-me tu, dizes,
não te vejo.
vigias-me tu, dizes,
não te vejo.
Nem vejo as estrelas da noite
debaixo da árvore onde me sento
a ouvir as aves que não vejo
no murmurar das folhas
que se movem negras contra o negro
do abismo da noite.
debaixo da árvore onde me sento
a ouvir as aves que não vejo
no murmurar das folhas
que se movem negras contra o negro
do abismo da noite.
Disseste-me que não seria assim.
Teresa Durães in "Passos sem rasto"
Às vezes mentem-nos...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Teresa, continuação de boa semana.
Beijo.
Que beleza...Gostei muito, Teresa! Beijinho da girassol
ResponderEliminarQuem roubou as estrelas que semeaste nos teus sonhos? Vê bem no fundo dos teus olhos. Foi lá que se esconderam… Uma poema muito belo, Teresa.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Muito belo. Gostei particularmente no travejamento da última estrofe.
ResponderEliminarUm poema onde muitos se podem rever.
Apesar dos enganos há momentos de alegria. Reais. Ao olhar para o céu redescobri, recentemente, tanta estrela da infância (a gente passa décadas ofuscada por fogos-fátuos)... Basta retirar a catarata que nos cega.
Bj.