[Fotografia de Luís Stuart]
Acordei numa madrugada fria, olhei para o vazio das mãos,
tantas vezes bloqueadas, tantas esquecidas. Arregacei mangas, saí para os
bosques enevoados, saí para recolher o dia. Enquanto desenhava na terra misteriosos
círculos que nem sabia de onde vinham, cantavam a carriça, o melro-azul, o
cruza-bico. Sentei-me com a brisa, queria sentir as raízes, as ervas livres. E fui
floresta, caminho, gente e regressei finalmente.
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