Sim, enquanto sussurro-te,
enquanto encosto os meus lábios suavemente no teu pescoço
ouço-os a conspurcar
todos os nossos gestos,
todos os nossos gestos,
- Beijavam-se desenfreadas
aquelas cabras com o cio. Putas!
aquelas cabras com o cio. Putas!
Toco-te com gentileza,
tenho medo que desapareças
no meio de tanto ódio,
tenho medo do medo que tens.
Dizem, sois livres,
tendes o vosso arco-íris,
a vossa bandeira,
o casamento.
Não amor, dá-me a mão,
não chores,
não,
não passearemos de mão dada pela rua
nem apregoarás a nossa união.
Não teremos filhos mas caminharemos
nas vielas secretas de todas as cidades
onde te poderei beijar, respirar e estar.
nas vielas secretas de todas as cidades
onde te poderei beijar, respirar e estar.
Um poema forte, Teresa. "tenho medo do medo que tens"... Gostei imenso.
ResponderEliminarAndo a ler devagar (quando posso) os livros que me facultaste. Estou a gostar bastante.
Um beijo amigo.
Tão certeiro, tão lúcido, tão belo, tão enternecido e enternecedor este teu poema/sentimento.
ResponderEliminarPara quando um novo livro com lançamento e tudo, para recordar velhos encontros?
Abraço
em cada esquina das cidades haverá sempre um par de amantes
ResponderEliminarclandestinos.
ou em cada bar. ou em cada leito.
abraço