Chegar a casa e ter simpatia e acolhimento, não sabia que
existia. “Tome, leve um caldo verde, gosta de paio? Tenho aqui umas azeitonas
também e o horário do padeiro. Se precisar seja do que for contacte-nos, temos
de ser uns para os outros”.
Em quase cinquenta anos de vida nunca tinha ouvido tais palavras
nem tamanha hospitalidade, sim, a senhora vem conversar comigo, mas tenho paciência
para a ouvir, sempre tive tempo para ouvir anciões, têm histórias maravilhosas de
tempos idos. Têm uma certa solidão no olhar e o que é uma meia hora para mim?
Ela desceu uma rua com uma canadiana para saber se a Teresinha estava bem, para
poder ter um dedo de conversa. E dei-lhe, pouco mais posso dar a não ser o que
faz falta, companhia. E o que é uma meia hora da minha vida a gente que pede
tão pouco?
(peço desculpa a todos por não visitar as V. páginas, a minha vida parece um furacão)
Magnífico texto sobre a hospitalidade e a solidariedade.
ResponderEliminarMas não deixes que o furacão te leve...
Uma boa semana.
Um beijo.