quarta-feira, 20 de abril de 2016

Passo a passo vejo as memórias
nas mãos amadurecidas. Foram frutas
outrora doces colhidas numa manhã de orvalho.
Olho-as como quem vê um caminho desbravado
até à suave brisa sob as copas das árvores
 em dias de sol e carícias.
Olho-as e tornam-se jovens, de novo,
há tantos segredos guardados
esperando virem a descoberto
traçando um caminho novo.
Há floresta infindáveis
aguardando o meu gesto.
Guardo as memórias, abro a janela,
ouço o primeiro canto e sei-me completa.


5 comentários:

  1. Olhar as memórias. Ser jovem de novo. Sentir-se inteira...
    Gostei mesmo.
    Um beijo, Teresa.

    ResponderEliminar
  2. guardar as memórias já é tanto...tanto!
    muito belo!
    beijinhos
    :)

    ResponderEliminar
  3. Compreendo que te referes às memórias do futuro, à esperança de que o novo ciclo nos retorne o que já tivemos entre mãos. Ou melhor. Ou diferente. Ou o que for logo se verá. Não ao baús do passado, com cheiro a morte e de teias de aranha tecidos.

    ResponderEliminar
  4. Por isso é que se deve comer a fruta logo que se colhe, para não ficar demasiado madura.

    ResponderEliminar