Recorda-me a tua cara para que saiba sorrir,
és um pássaro, um cantar distante?
És a minha alma expandida onde não te encontro,
as minhas mãos que te escrevem,
a solidão da estação,
o propósito das noites quentes.
Sentes-me? Sinto-te?
Um longo frio da distante ravina,
amealhar de vazios em olhos dormentes,
colecção de ausências da minha tristeza,
onde estás desde que te afastaste?
Sim, choro em violência reprimida,
continuamente pela sombra desaparecida,
o calor derretido em brasas quentes.
Foste. Foste e não posso quebrar o tempo como o enredo.
Sento-me desamparada em braços da montanha,
engolida por cavernas de desertos longínquos.
Como diz o poeta: "Sentes? Então é porque é verdade".
ResponderEliminarUm belíssimo poema, Teresa.
Beijos.
Excelente esta viagem
ResponderEliminarpelos sonhos acordados
Sentei-me por aqui a ler-te.
ResponderEliminarPalavras de alimento, mas que se tomam a solo, o sentido é privado, uma quase distância e pudor no grito mudo.
O dantes e o cru agora.
Muito bom saber dos teus voos, muito bom.