quarta-feira, 23 de outubro de 2019






Todos os dias olho o céu, por vezes encoberto, por vezes aberto. Procuro um sinal de uma ave que me diga em que direção seguir e espero, espero, espero que seja para breve o próximo caminho a trilhar. Tanto tempo entre paredes de betão, eu que quero voar também sem restrições. Digam-me, porque me amarram as mãos? Porque me prendem na insanidade do quotidiano quando nada disto me diz respeito? E corro, corro como louca à procura da razão sem a ver, procuro debaixo das pedras, nos caminhos invisíveis e vejo apenas pedras da calçada cem mil vezes calcorreadas. Ponho música onde a ouço como uma louca de tão grande o desespero, na arte encontro-me, nos poetas, nos escritores, nos pintores, não nesta insanidade que me rodeia e tento respirar não conseguido.

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