"Estou cansada,
cansada das imagens enroladas nas teias,
dos padrões interrompidos e corrompidos.
Das ruas escuras,
da fadiga das ondas sobre as rochas,
do passo à frente sem chão definido.
Onde estão os aromas a manhã,
vivos e arrojados,
relembrando que as árvores são sementes resistentes,
que a luz irrompe da negrura do espaço vazio?
Um toque,
uma valsa,
um desígnio.
Espaço preenchido pela mão cheia.
Letras dançantes cantando histórias.
Essas, as que pressentimos"
in "A fadiga das ondas", Teresa Durães