segunda-feira, 23 de julho de 2018

Tocando em uníssono,
enquanto a brisa nos lembra
a distância entre o teu verbo,
onde estás? Frase esquecida.

Dizem os Deuses,
a fonte foi erguida,
venha o sal,
a boca dorida.

Dizem os Deuses,
o destino foi cumprido.

Rolem pedras, cumprem promessas,
esta é a Era.

De tanto te querer
Libertei as asas
Perdi penas
Alcancei-te
Amei

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Dá-me a mão agora que me vi
cruamente e tão desnecessariamente.
Dá-me a mão e não te vás
agora que choro por mim.

Não te vás e me deixes aqui,
dá-me a mão e fica por mim.
Dói e não me quero assim.
Fica comigo, diz que sim.

Dou passos cuidados. As pedras cobertas de musgo dão passagem. As árvores centenárias escondem os raios do sol. Os pássaros são os únicos a quebrar o silêncio, só a brisa desafia com o murmurar das folhas. Quero serenidade, dou três passos, quero paz, dou cinco passos, quero ser eu, e dou mais sete passos.
Uma voz suplicou
pensando ser ouvida
por quem foi nascida.
Repetiu-se o ciclo
entre pedir e dar
e de novo perdeu.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

As estrelas há muito ocupam espaço no céu. Ao longe, o som de animais noturnos.

- Nunca percebi porque dizem que a noite é silenciosa, dizia uma amiga minha enquanto fumávamos calmamente um cigarro.

Não está calor mas é verão. Já choveu, sim. Aqui não há animais noturnos nem campo nem árvores mas é verão e é preciso ir à praia e conviver e rir e lembrar a toda a hora que é verão e no verão nada é sério.

domingo, 1 de julho de 2018

Ontem rezei ao amanhecer. Não sei a que Deus apelei, sei que te queria sentir. Mas o espaço devolveu-me o cantar triste da solidão.