quinta-feira, 4 de julho de 2019




[David Wiles]

Quando voguei nas estrelas e entreguei-me ao universo soube que havia mais para além de mim, para além de todos nós. Espreitei a noite, as corujas sussurraram-me, os roedores caçaram, a natureza equilibrou-se. Entreguei-me aos sons, aos reflexos, a todas as cores brilhantes que se destacavam na noite.

Queria paz, tive paz, queria solidão, solidão tive, consegui abraçar toda a existência, de tão grande que era subjugou-me as palavras, a música, as cores.

Fiquei presa às pedras que ligavam os dois mundos, aguardava a busca do Homem pelo infinito, guardava as insígnias que retificavam o mundo, esperava a procura pela magia e confiava no ser que sempre vingou pela arte.

Perguntava, onde estavam os filósofos e os pensadores? Onde paravam as religiões?  Onde buscavam os adoradores da natureza que não acreditavam que esta tinha alma?

2 comentários:

  1. Também me conforta a contemplação
    da natureza que ajudei a construir
    Os pássaros colaboram
    Bj

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  2. E, de facto, tem.
    Não a vemos mas percebemos-lhe os humores.
    Tudo tem brandura, génio, criação e destruição.
    Gostei de ler.
    Bj.

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