quarta-feira, 20 de maio de 2020


Ser-se gente, ser-se alma que divaga, ser-se uma pedra que não se move , mas vê todas as ações, todos os caminhos tomados, todas as pétalas caídas. Esperar o amor perdido nos paralelos do universo em todos os caminhos dos ponteiros dos relógios que deixaram de existir, esperar pacientemente enquanto as mãos trabalham e não esquecem o seu fim, enquanto vivos, enquanto conscientes. Abram-se as janelas pela manhã e deixem entrar o dia e com ele os raios de sol que nos levarão ao nosso fim, seja breve, seja eterno, seja consciente ou não. Mas abram as cortinas e deixem a casa respirar o dia porque o dia de hoje é mais importante do que o de amanhã.

3 comentários:

  1. Sempre gostei da tua escrita Teresa.
    leio e releio e gosto.
    Saúde e beijinhos
    :)

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  2. Disse no meu poema de hoje:

    "Sejam luz dentro da luz,
    um clarão onde não há o ontem.
    Nem o depois. Só o agora."


    Magnífico texto, gostei muito.
    Querida amiga Teresa, continuação de boa semana.
    Beijo.

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