segunda-feira, 11 de maio de 2020



Antigamente os Lusitanos não eram Lusitanos, antes várias tribos que não se davam entre si e têm nomes muito difíceis de pronunciar. Quem os chamou de tal foram os Romanos que levaram imenso tempo para conquistar a Lusitânia porque as tribos uniram-se contra um inimigo comum. Segundo várias descrições, incluindo d Martinho de Dume, sec. VI e quem fez o Primeiro Concílio de Braga e Cristianizou os Suevos que nos ocupavam, os Lusitanos eram pessoas alegres, faziam festas sobre tudo. Já tinham vinho, mas bebiam cerveja, as mulheres podiam ser guerreiras igualmente. Eram ferozes, bons a cavalo, o Lusitano, hospitaleiros e vestiam com cores garridas.

Acreditavam em vários Deuses havendo uns principais, outros variavam de região para região e viviam em castros, castros esses que uns quantos da Gallecia (Minho e Galiza) ainda duraram até ao sec. XIX e lutaram contra as tribos Francas onde perderam e assim se chegou ao primeiro rei e Portugal.
Hoje vejo pouco neles, ainda há hospitalidade e os inimigos invisíveis a combater; o adepto de outro clube de futebol, de outra região, de religião, de cor, xenofobia, escolha sexual. As tribos deixaram de ser tribos para serem grupos que até se podem cruzar entre si e ninguém de conhece. O clube dos jipes, das motas, de tudo. Parece que o conhecimento superficial é o mais suportável.
Hoje também se bebe cerveja e só há pouco tempo a mulher pôde ser guerreira, mas não por nosso feito. De resto, parece-me que se perdeu o sorriso, a vontade de sermos unidos nem que seja através da força, olhamos para nós como povo e parece que sentimos complexos, nós uma raça tão antiga e tão combativa.

(fotografia da Casa de Sarmento)

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