terça-feira, 3 de dezembro de 2019



(às 7h30 da manhã)


Mudei-me, da cidade para o campo, de uma casa limpa para uma cheia de obras por fazer por isso desapareci daqui. Um café pela manhã olhando oliveiras, o frio que chega pela noite, a confusão de papéis a tratar, o Estado adora isto e tenho a certeza que esqueci qualquer coisa apesar de todas as listas intensas que fiz. Hoje nem sala tenho porque está tudo uma confusão, mas felicidade de aqui estar no sossego, longe do barulho, do desassossego é tão grande que todos esses pormenores acabam por ser indiferentes.

Não, hoje não há poesia ou textos poéticos, há uma ode às oliveiras, aos caminhos recônditos.

- Não se isole!

Não existem telemóveis, internet? E, claro, viagens para ver os filhos de vez em quando, ou eu ou eles. Agora eu porque aqui não consigo receber ninguém no meio de tanta pedra caída da parede derrubada.

Porque partilho isto? Não deveria ser um assunto só meu? Porque não o deverei se uma aventura deve ser contada e esta é uma aventura, uns dias sem eletricidade e a velas, uma casa de banho exterior (que horror!) enquanto as outras não são feitas, mas tudo faz parte de uma experiência de vida e eu estou a tê-la.

Sair das grandes cidades é sair de Portugal, do Portugal que conhecemos e é tão estranho. Claro que em breve a novidade será o quotidiano, mas até lá vou conhecendo Portugal.

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