sexta-feira, 29 de novembro de 2019


Chegar a casa e ter simpatia e acolhimento, não sabia que existia. “Tome, leve um caldo verde, gosta de paio? Tenho aqui umas azeitonas também e o horário do padeiro. Se precisar seja do que for contacte-nos, temos de ser uns para os outros”.
Em quase cinquenta anos de vida nunca tinha ouvido tais palavras nem tamanha hospitalidade, sim, a senhora vem conversar comigo, mas tenho paciência para a ouvir, sempre tive tempo para ouvir anciões, têm histórias maravilhosas de tempos idos. Têm uma certa solidão no olhar e o que é uma meia hora para mim? Ela desceu uma rua com uma canadiana para saber se a Teresinha estava bem, para poder ter um dedo de conversa. E dei-lhe, pouco mais posso dar a não ser o que faz falta, companhia. E o que é uma meia hora da minha vida a gente que pede tão pouco?



(peço desculpa a todos por não visitar as V. páginas, a minha vida parece um furacão)

1 comentário:

  1. Magnífico texto sobre a hospitalidade e a solidariedade.
    Mas não deixes que o furacão te leve...
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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