sábado, 17 de agosto de 2019



[Fotografia de Luís Suart]



Era como se tudo se tivesse passado ontem ou tinha mesmo. Os passos eram iguais, as perguntas, as frases, os sorrisos. Por isso não consegui ouvir mais, saí dali, fugi dali, corri dali. O que me ofereciam? Flores arrancadas do solo, o prado de sempre como se fosse ficar imutável. Esqueceram-se das máquinas escondidas que um dia entrarão mesmo que lá não estejam. Esqueceram-se que outrora éramos terra e vida, árvores e vento, água e sede, fogo e luz.

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