segunda-feira, 25 de março de 2019

"Enquanto ouço música e a minha cadela está aos meus pés, enquanto me envolvo na melodia e estico os braços sei que existe um mundo que pode ser de novo conquistado.

Pela janela, por entre as árvores de fruta, espreita um sol puro, envolve o odor da primavera. Não tardarão as andorinhas e não quero que sejam as últimas a aparecerem. 

Penso nos Deuses que forjam as suas 7 espadas acima com que desenharam o visível e o invisível. Sei que se vão recolher quando os ventos chegarem e o mar subir e a população desesperar. Nem toda a magia pode desfazer o que já está feito. Nem toda a infinitude é infinita. Rezará o Homem desesperado, subirei as serras em busca de refúgio enquanto a minha cadela uivará. E faremos todos a mesma pergunta. Porquê?

Enquanto as as florestas não gritarem, enquanto as savanas não gritarem, enquanto os glaciares não gritarem, enquanto os oceanos não gritarem e com eles todos os animais, toda a vegetação, seremos múmias."

Teresa Durães,  7 espadas acima

5 comentários:

  1. Sim, o grito em uníssono é indispensável para permanecermos vivos!

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  2. No gesto está o meio,
    na imaginação um mundo
    inteiro por inventar.
    O princípio está no eu,
    no gato e
    nos meus braços.

    Gostei muito de ler, Teresa Durães.
    Oxalá o homem lêsse e se fizesse semelhante. Se fizesse Homem.

    Tudo de bom, em harmonia, por aí.

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  3. Subirás as serras como Sísifo. As pedras voltarão a rolar.
    Home is were the heart is.
    Transmites coragem e haverá a mudança. O que renova energias!
    Abç

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  4. Viva Teresa! É só para dizer que agora estás comigo, lá no meu blog, entre os outros que aprecio e leio.

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  5. "Enquanto as florestas não gritarem, enquanto as savanas não gritarem, enquanto os glaciares não gritarem, enquanto os oceanos não gritarem e com eles todos os animais, toda a vegetação, seremos múmias." Sabes que estou de acordo?
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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