domingo, 18 de novembro de 2018

Criança-mulher,
passos imprecisos,
caminhos tão mal definidos
e no regaço, um mar de folhas caídas.

Foi o espaço, o tempo calado,
as palavras vãs escutadas
e todos os absurdos espalhados,
os anos dos esforços inúteis.

Envelhece a alma, mata o corpo,
consome a mente, é-se morto.
Ecos ecos ecos
grita a alma, termina o tormento.

Acabou o jogo?
Grito de agonia,
rendem-se as mãos,
é o início da loucura,
o começo do fim de tudo
onde os deuses observam
e o fado ri, por fim.

4 comentários:

  1. Percurso de emoções que nem sempre esperamos ou aceitamos…
    Uma boa semana, Teresa.
    Um beijo.

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  2. marionetas dos deuses ou dos fados.
    e eco de nossos passos.

    um abraço

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  3. Não há morte nem princípio
    Tudo se move
    Bj

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  4. Grato pela sua presença e pela questão que me colocou."Não será o homem limitado pela sua mortalidade?" É e não é. A descendência que deixamos por cá está carregada com o nosso ADN, as nossas virtudes e os nossos defeitos.
    A Teresa fez um poema muito belo com uma perspectiva diferente. Não consigo fugir da resposta (inescapável) que brilha aos meus olhos, logo cima: o Eufrázio sintetiza no perfume que lhe é próprio: "Não há morte nem princípio".
    Bj.

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