domingo, 18 de novembro de 2018

Escorro o tempo pelas notas musicais
que atravessam as memórias
indiferentes às marcas cravadas
nas pedras que me rodeiam.

Fui em tempos criança
num corpo crescido,
alheia às estações,
absorta nas folhas caídas.

Hoje não tenho aquela casa,
tão pouco as paredes caiadas,
jardim sem ervas,
espaço sem espaço.

Escorrem lágrimas sem água,
a dor que se dilui nos degraus toscos
da casa que não voltarei,
onde não estarás de novo,
agora para sempre.

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