Rodo em torno de mim
- Tenho esta oportunidade,
serei seiva, folha caule,
não retornarei.
"O fantástico não está fora do real, mas no sítio do real que de tão visível não se vê.", Vergílio Ferreira
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
domingo, 18 de novembro de 2018
Criança-mulher,
passos imprecisos,
caminhos tão mal definidos
e no regaço, um mar de folhas caídas.
Foi o espaço, o tempo calado,
as palavras vãs escutadas
e todos os absurdos espalhados,
os anos dos esforços inúteis.
Envelhece a alma, mata o corpo,
consome a mente, é-se morto.
Ecos ecos ecos
grita a alma, termina o tormento.
Acabou o jogo?
Grito de agonia,
rendem-se as mãos,
é o início da loucura,
o começo do fim de tudo
onde os deuses observam
e o fado ri, por fim.
passos imprecisos,
caminhos tão mal definidos
e no regaço, um mar de folhas caídas.
Foi o espaço, o tempo calado,
as palavras vãs escutadas
e todos os absurdos espalhados,
os anos dos esforços inúteis.
Envelhece a alma, mata o corpo,
consome a mente, é-se morto.
Ecos ecos ecos
grita a alma, termina o tormento.
Acabou o jogo?
Grito de agonia,
rendem-se as mãos,
é o início da loucura,
o começo do fim de tudo
onde os deuses observam
e o fado ri, por fim.
Escorro o tempo pelas notas musicais
que atravessam as memórias
indiferentes às marcas cravadas
nas pedras que me rodeiam.
Fui em tempos criança
num corpo crescido,
alheia às estações,
absorta nas folhas caídas.
Hoje não tenho aquela casa,
tão pouco as paredes caiadas,
jardim sem ervas,
espaço sem espaço.
Escorrem lágrimas sem água,
a dor que se dilui nos degraus toscos
da casa que não voltarei,
onde não estarás de novo,
agora para sempre.
que atravessam as memórias
indiferentes às marcas cravadas
nas pedras que me rodeiam.
Fui em tempos criança
num corpo crescido,
alheia às estações,
absorta nas folhas caídas.
Hoje não tenho aquela casa,
tão pouco as paredes caiadas,
jardim sem ervas,
espaço sem espaço.
Escorrem lágrimas sem água,
a dor que se dilui nos degraus toscos
da casa que não voltarei,
onde não estarás de novo,
agora para sempre.
sábado, 10 de novembro de 2018
Cansada
"Estou cansada,
cansada das imagens enroladas nas teias,
dos padrões interrompidos e corrompidos.
Das ruas escuras,
da fadiga das ondas sobre as rochas,
do passo à frente sem chão definido.
Onde estão os aromas a manhã,
vivos e arrojados,
relembrando que as árvores são sementes resistentes,
que a luz irrompe da negrura do espaço vazio?
Um toque,
uma valsa,
um desígnio.
Espaço preenchido pela mão cheia.
Letras dançantes cantando histórias.
Essas, as que pressentimos"
in "A fadiga das ondas", Teresa Durães