Há sorrisos que se esquecem,
perdem-se em histórias
onde já ninguém mora.
Há outros
que de tanta espera
cedo desaparecem.
Ainda os há
dos poucos escolhidos,
por vezes de desconhecidos,
onde reside a entrega.
"O fantástico não está fora do real, mas no sítio do real que de tão visível não se vê.", Vergílio Ferreira
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
Tentei um manto de rosas,
colhi dálias num jardim roubado.
Não as aceitaste,
antes querias um verbo desconhecido,
que não te podia dar.
Reguei o jardim
consciente que não me amavas.
Não era tempo para te as dar,
tão pouco histórias para contar.
Queria-me só,
terra por cultivar,
espaço por sonhar.
Ocupaste todo o lugar
sem caminho para explorar,
eternamente sem esperar.
Precisei de ocultar-me
das palavras por falar,
ventos agrestes a desvanecer
as sombras por desvendar.
colhi dálias num jardim roubado.
Não as aceitaste,
antes querias um verbo desconhecido,
que não te podia dar.
Reguei o jardim
consciente que não me amavas.
Não era tempo para te as dar,
tão pouco histórias para contar.
Queria-me só,
terra por cultivar,
espaço por sonhar.
Ocupaste todo o lugar
sem caminho para explorar,
eternamente sem esperar.
Precisei de ocultar-me
das palavras por falar,
ventos agrestes a desvanecer
as sombras por desvendar.
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Escutei a noite
como se de dia tratasse:
não reconheci os verbos,
o manto negro escondia
a mais frágil emoção.
O tempo é disforme
mesmo ouvindo cada som,
cada tela
cada imagem.
Nem sempre fui assim,
os meus dedos pegavam
cada palavra murmurada
preenchendo a memória
de infinitos búzios.
Agora espreito, escondida,
a calçada indiferente aos passos,
as paredes brancas de histórias,
a praia vazia de sussurros.
como se de dia tratasse:
não reconheci os verbos,
o manto negro escondia
a mais frágil emoção.
O tempo é disforme
mesmo ouvindo cada som,
cada tela
cada imagem.
Nem sempre fui assim,
os meus dedos pegavam
cada palavra murmurada
preenchendo a memória
de infinitos búzios.
Agora espreito, escondida,
a calçada indiferente aos passos,
as paredes brancas de histórias,
a praia vazia de sussurros.